Um espetáculo de surpresas: Plurais - Crítica do Documentário

Ele foi lançado dia 9 no Belas Artes em São Paulo e está em exibição até hoje lá 

     Foto cedida por Gabriela assessora da Produtora Prosa Press


SOBRE O FILME:

"Plurais" é uma viagem pela complexidade da construção da identidade humana, revelando histórias de seis indivíduos notáveis cujas vidas se desdobram em múltiplas direções e interesses. Do mundo da música ao ativismo social, da ciência à arte, cada personagem vive uma dualidade intrigante, onde suas personas públicas contrastam com segredos e paixões escondidas. Em tempos em que a sociedade da aparência prevalece, investigamos as fundações da alma capazes de compreender a profundidade de um ser.

Você sabia que o baterista dos Paralamas do Sucesso, João Barone, também é especialista em Segunda Guerra Mundial? Ou que, entre uma performance e outra, a artista plástica Berna Reale atua como Perita Criminal? Poucos leitores imaginam, mas além de escritor premiado, Mia Couto é formado em biologia e trabalha como consultor de impacto ambiental em Moçambique. Essas são algumas facetas surpreendentes reveladas pelo Plurais, novo documentário dirigido por Patricia Travassos e produzido pela Prosa Press. 

A produção reúne um elenco diversificado e destaca ainda as histórias inspiradoras de Thelma de Assis (a anestesista que se tornou celebridade ao vencer um reality show), Rita Von Hunty (a drag queen criada para proteger a privacidade e dar mais potência às críticas sociais sarcásticas do seu criador, o intelectual Guilherme Terreri) e Dráuzio Varella (médico que se tornou maratonista e autor de best seller depois dos 50 anos de idade). Todas essas trajetórias reforçam a ideia de que a identidade é um mosaico em constante construção, muito além das aparências.

Foi dirigido por Patricia Travassos.

Fonte/Créditos: Assessora Gabriela da Produtora Prosa Press


Nem tudo é o que parece, as pessoas são mais do que podemos ver e neste documentário isto fica muito claro, leia minha crítica abaixo para entender melhor!

O documentário teve um ótimo início, com uma boa música que casou com as imagens exibidas e o zoom nos detalhes das cenas fez  sentido e foi necessário para explicar melhor o que é feito e o que cada profissional faz. E a dinâmica com o pessoal da praia com os espelhos foi muito interessante de ver.

Falando nisso, os seis personagens escolhidos para falarem de suas duplas profissões foram muito interessantes e bem escolhidos, eles são diferentes, porém iguais.

Agora, falando de modo mais profundo, achei muito positivo e inspirador eles terem mostrado atos de guerra que João Barone passou em seu trabalho de pesquisador, histórias de superação que Thelma teve e mortes em massa em presídios que Drauzio Varella presenciou em seu trabalho como médico, como coisas que influenciaram nas decisões deles para escolherem suas profissões. Assim várias pautas sociais importantes foram exploradas. Não nego que essas várias facetas deles me surpreenderam.

A partir do momento que começam as transições de um personagem para o outro, notei que foram bem compostas, não ficou sem sentido, pois um assunto casou com o outro, o'que me agrada também e o modo de filmagem explorou bem o'que queriam mostrar em relação à planos e ângulos. Foi inteligente a ideia de conectar cada história uma à outra.

Com isto, também não pude deixar de notar o quanto a imagem do vídeo completo estava nítida na maior parte do tempo. 

Voltando ao conteúdo do documentário, achei que as referências de música pop e de famosos foram utilizadas de uma forma muito legal, principalmente para mim que sou fã desse universo. E um adendo pessoal meu, apesar de ser uma coisa que noto em todos documentários que assisti, achei o desabafo pessoal deste bem cômico, para dar aquela quebrada de gelo.

Por fim, o final deste foi dinâmico e fez analogia das pessoas dali com a cena dos espelhos no filme antigo da falecida atriz de Hollywood Rita Hayworth. O'Que para mim foi muito legal e casou com a proposta, além de ter haver com um personagem, que era Guilherme Terreri. 

Sinceramente, fazia tempo que eu não assistia um documentário brasileiro que me instigasse tanto. Ele foi necessário para reflexão e as várias lições de vida que os seis personagens deram agregaram com o tema da produção


Crítica feita por mim, Livia, a Jornalista Cinéfila e dona do blog.


Visão da diretora:

Para Patricia Travassos, o documentário comprova que ninguém é apenas o que parece ser. “Nossa versão pública é apenas uma fração da complexidade de quem somos”, comenta a diretora. “Cada decisão, cada mudança de rota, cria novas camadas na nossa história pessoal e isto serve para qualquer pessoa, seja ela famosa ou não”.

Para convidar pessoas anônimas a se enxergarem no filme, a diretora faz uma homenagem à cineasta Agnes Varda, uma das criadoras da Nouvelle Vague - movimento que pregou a liberdade artística e o cinema autoral nos anos 50/60 na França. "Decidimos levar espelhos à praia, como a diretora belga fez no filme "As praias de Agnes". Além da inspiração super fotogênica, o cenário que montamos em plena praia de Santos, no litoral paulista, brinca com a ilusão dos reflexos que enxergamos de nós mesmos e as diferentes perspectivas de olhar sobre a nossa imagem".

Se a era das redes sociais costuma nos reduzir a uma versão "filtrada" - e muitas vezes irreal - de quem somos, Plurais busca iluminar justamente o que está além dessa superfície.

Fonte/Créditos: Assessora Gabriela da Produtora Prosa Press 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atriz Samantha Schmütz é novamente uma das estrelas na 12ª temporada da Sitcom “Vai Que Cola”

Confira já os melhores lançamentos do cinema e dos streamings essa semana!

Série sobre Aegon Targaryen será lançada em breve